domingo, 14 de abril de 2019

POR QUE OS EGÍPCIOS SÃO OS MELHORES DO MUNDO NO SQUASH

Há um tradicional torneio de squash que ocorre todos os anos na Grand Central Station aqui em Nova York. O evento, como sempre, atrai cobertura da imprensa. O New York Times de hoje, por exemplo, publicou texto sobre o egípcio Mohamed El Shorbagy, conhecido como a “Fera de Alexandria”, e a relação dele com a mãe, que assiste a todos os jogos dele e dá broncas e orientações.

No texto, o repórter se pergunto o motivo de o Egito ser tão dominante no squash – mais dominante, inclusive, do que a China no tênis de mesa. Sete dos dez primeiros no ranking mundial de squash masculino são egípcios. E quatro das dez são egípcias (incluindo as três primeiras, sendo que a líder a segunda colocada têm 21 e 19 anos respectivamente).
Em 2009, aqui no meu blog no Estadão, eu havia me feito esta mesma pergunta. Afinal, a relação squash-Egito não é algo óbvio, como seria esqui e Noruega, surfe e Austrália e futebol e Argentina/Brasil. A resposta segue abaixo – e note que, em 2009, eu já previa que o ainda adolescente Mohamed El Shorbagy seria o maior do mundo, embora eu não saiba jogar squash.
“Os ingleses influenciaram ao longo do século 19 e 20 cidades grandes ao redor do mundo, como Mumbai, Cairo, Buenos Aires e até mesmo São Paulo. A marca pode ser encontrada nos clubes esportivos destas metrópoles. Assim como na capital paulista temos o Pinheiros, o Paulistano, o Monte Líbano e a Hebraica, na capital egípcia há o Sporting, o Gezira, o Zemalak. Todos freqüentados pela classe média e a elite. Com piscinas, quadras, pistas e campos, são usados para a prática de esportes como a natação, futebol, handebol, tênis e, acima de tudo, o squash. Esta modalidade é uma febre no Egito. Até mesmo uma quadra foi construída para um torneio internacional ao redor das pirâmides.

E o Egito possui os melhores jogadores do mundo. O número 1 do ranking mundial é o egípcio Karim Dawish, que superou a lenda Amr Shabana, também egípcio e atual segundo colocado, que é o Roger Federer do squash. Quer mais? O quarto é Ramy Ashour e o nono, Wael el Hindi. Sem falar no adolescente Mohamed El Shorbagy, conhecido como o fenômeno de Alexandria, que já está no 22o lugar e muitos dizem que superará Shabana como o melhor jogador de squash de todos os tempos. Fora do ranking, não podemos esquecer do também jogador octogenário Hosni Mubarak, que ainda acumula o cargo de presidente do Egito.”
Portanto a dominância do Egito no squash está no fato de haver muitos clubes esportivos, estes terem muitas quadras de squash, o país ter desenvolvido uma tradição na modalidade (como o Brasil no vôlei) e jovens terem migrado para este esporte em detrimento de outros, como o tênis, por exemplo.

Guga ChacraGuga Chacra

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